terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Só restou a loucura? Como assim?

Eu fiquei pensando que nome eu colocaria no meu blog e pensei, pensei e pensei... mas nada vinha na minha mente! Foi ai que eu lembrei de uma grande amiga minha. A Fernanda. Eu era uma pré-adolescente na escola e vi a Fernanda entrando no colégio no meio do bimestre e fiquei curiosa. Quem é essa menina? Eu era da turminha das CDF's descoladas, aquelas que são as queridinhas dos professores porque só tiram notas boas, mas também as que mais "causam", mais conversam e mais chamam a atenção dentro da sala, sabe? E fiquei super curiosa em saber quem era aquela menina que era amiga dos caras que eu era fã, mas que eram mais velhos, das séries seguintes, tinha mó pinta de surfista e era sorridente o tempo todo.

Até que o destino fez uma coisa por nós. Antes, vale ressaltar, eu juro que era tímida. Só era "Camilla" mesmo na presença dos meus amigos mais íntimos, tinha uma amiga que sempre ficava amiga das pessoas que a gente achava legal, era a minha amiga do prédio, a Tati. E foi ela que conversou com a Daniela, irmã da Fernanda, pela primeira vez. Eu tava toda sem graça do lado da Tati, que conversava sobre tudo com elas na maior amizade. A Tati não era do "time" das coleguinhas de classe, era do "time" das amigas do prédio e era minha melhor amiga do momento. Depois desse dia, a Tati virou "amiga" delas e eu ficava só meio termo ali presente, meio que envergonhada, sem saber muito o que falar, mas confesso que pensei: Eu quero ser amiga dessas meninas!

Um belo dia, estou no laboratório de Informática (o Geo Dunas era o colégio do futuro) tentando arrumar meu website que tinha sido totalmente perdido dos arquivos do computador, quando a Fernanda entra na sala. (Mentira! Depois descobri que a Fernanda usava o mesmo computador que eu, esse computador por sua vez deu pau e ela deletou minha página todinha, porque a dela tinha desaprecido!) Ela com o seu sorrisinho de sempre (ela nunca tira ele da cara, é sério) e eu tava lá toda esparramada na cadeira entre as minhas pastas mil de Taylor, Zac e Isaac Hanson refazendo minha página na net. Quando ela olha pras minhas pastas, grita: AHHHHHHHHHH!! Tu também é fã de Hanson!!! (Se ela ler isso ela vai me matar... passado negro a gente esconde né?) e aí começou uma bela amizade.

Nos tornamos parceiras inseparáveis. As coisas em comum foram aparecendo, as fofocas sobre as pessoas que conhecíamos, o surf, um quase afogamento na praia, a alegria de achar alguém que era parecido com você era tanta... que enfim, foram inúmeras coisas que fizeram nos unir. Formou-se um belo trio: Camilla, Daniela e Fernanda.

Surfetes declaradas, umas doidas sem noção, "aprontadeiras" de plantão. Eu e a Fernanda formávamos um belo par de companheiras. A Dani era a melhor amiga confessionário. A Fernanda a melhor amiga de tirar onda da vida.

São uns 14 anos de amizade, e entre tantas cartas, tantas confissões, tantos choros, tantas situações, tantas descobertas, tantas incertezas, tantas diferenças que surgiram nesses anos, tantas alegrias, tantas risadas, tantos, tantas... que um dia, sentadas, pensamos e chegamos à uma conclusão: um dia a gente escreve um livro.

E esse livro vai se chamar: Sò restou a loucura.


Não é bem sobre o nosso livro que eu vou escrever aqui... mas, ela, como uma boa jornalista que é, pode aproveitar dos meus post pra reescrever a nossa história, as nossas lembranças.


Beijos,

Camilla.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Escrever ou não escrever...

Porquê as pessoas resolvem escrever?

Eu sempre tive isso como uma terapia, e confesso, que "deixei" essa terapia de lado nesses últimos anos. Na verdade, eu nem sei bem o motivo porque eu sempre gostei de reler minhas histórias quando não tinha nada pra fazer ou queria me lembrar o que eu estava fazendo naquele dia há alguns anos.

Muita gente diz que isso fortalece a memória e eu acredito, porque sempre que reencontro amigos e começamos a conversar sobre um tempo-que-não-volta-mais, eu me recordo de detalhes, umas coisas que nem eu mesma sei explicar como lembro (e com certeza eu não escrevi sobre tudo pra poder lembrar), mas o fato é escrever sempre me ajudou a "soltar" as coisas que eu tinha na cabeça.

Confesso que nunca fui muito ligada nessa história de blog... fico vendo as pessoas que escrevem, tem vários seguidores, várias pessoas que postam comentários, etc e fico me pergunto: como fazer pra ser interessante e as pessoas se interessarem pelo que eu escrevo? Ou será: quero mesmo que as pessoas leiam o que eu escrevo? Fica a dúvida...

Gostaria de passar aqui mais vezes, gostaria de ocupar mais o meu tempo de ócio no meu trabalho (sim, muitas vezes não tenho nada pra fazer!), gostaria de fazer tantas coisas e não faço nada.

Então, vou vir aqui... escrever. E se alguém me achar... seja bem -vindo.

Ps. Não fui atrás de aprender a correção ortográfica tá?

Beijos,

Camilla.